Armando Nogueira (Xapuri, 14 de janeiro de 1927 – Rio de Janeiro, 29 de março de 2010) foi um jornalista e cronista esportivo do Brasil. Pioneiro do telejornalismo, foi responsável pela implantação do jornalismo na Rede Globo, com destaque para a criação do Jornal Nacional, primeiro jornal com transmissão em rede e ao vivo da história da televisão brasileira. Texto requintado, obsessão pela qualidade jornalística e grande capacidade de liderança foram algumas das muitas qualidades de Armando, que unanimemente era tratado pelos colegas de profissão como Mestre.
O texto abaixo é de ARMANDO NOGUEIRA, me foi enviado pelo Harmonicista José Staneck, seu amigo de longa data...
"As duas mãos em concha acolhem o pequeno parceiro, dando-lhe, ao mesmo tempo, proteção e calor humano. E principia, então, o que me soa como um ato de ternura musical. A gaita passeia entre os lábios, num poético vai-e-vem. Beijos metálicos perpassando a linha do horizonte.
A gaita tem a singeleza dos brinquedos remotos. E, no entanto, infinitos são os recursos que oferece ao intérprete esse humilde instrumento. O que tem ele de pueril tem de ousado. O que tem de despretensioso tem de eclético. O que tem de simplório na aparência tem de requinte na sonoridade. A gaita é o milenar passatempo das almas solitárias: dos marinheiros, dos andarilhos, dos pastores. A pungência de seu sopro me dá a doce impressão de que o gaitista é um pastor que passa a vida tocando rebanhos de nuvens"
O texto abaixo é de ARMANDO NOGUEIRA, me foi enviado pelo Harmonicista José Staneck, seu amigo de longa data...
"As duas mãos em concha acolhem o pequeno parceiro, dando-lhe, ao mesmo tempo, proteção e calor humano. E principia, então, o que me soa como um ato de ternura musical. A gaita passeia entre os lábios, num poético vai-e-vem. Beijos metálicos perpassando a linha do horizonte.
A gaita tem a singeleza dos brinquedos remotos. E, no entanto, infinitos são os recursos que oferece ao intérprete esse humilde instrumento. O que tem ele de pueril tem de ousado. O que tem de despretensioso tem de eclético. O que tem de simplório na aparência tem de requinte na sonoridade. A gaita é o milenar passatempo das almas solitárias: dos marinheiros, dos andarilhos, dos pastores. A pungência de seu sopro me dá a doce impressão de que o gaitista é um pastor que passa a vida tocando rebanhos de nuvens"